segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

Recuperar Madeiras: Portas e Janelas

As madeiras conferem um ambiente acolhedor a uma casa, desde que bem tratadas.

No nosso caso, todas as portas e janelas são em madeira, e com os anos e pouco utilização acabaram por se denegrir (incharam, a tinta estalou).

As portas em pinho foram substituídas pelas originas, mas não as aduelas, o que nos deixou esse problema. A Aduela original era branca e a porta cor-de-pinho, e a combinação não resultou nada bem…

A solução encontrada, passou por limpar todas as portas, e aplicar-lhes verniz Bondex, ficaram como novas, e em relação às aduelas, decidimos pintar. Comprámos tinta para madeira em tons de castanho/madeira e aplicámos com um pequeno rolo e pincel. Deu logo um aspecto mais moderno. Uma outra solução, da qual só me lembrei depois foi papel autocolante, já vi que há alguns a simular a textura da madeira e de fácil aplicação.

Num dos quartos, que utilizamos como escritório, existe um roupeiro embutido, também ele em Madeira. Neste caso, optei também por pintar o interior, depois de lixá-lo bem, forras as gavetas e aplicar também Bondex nas portas.

Em relação às janelas, ainda não consegui avançar muito… mas o plano é lixá-las e aplicar um esmalte para madeiras. Estou inclusive a pensar mudar a cor J

E assim aqui ficam mais umas dicas se estiverem a passar pelo mesmo!

quarta-feira, 16 de janeiro de 2008

Recuperar Paredes: Cimentar, Lixar, Pintar.

Depois de “esburacarmos” praticamente todas as paredes da casa, para modificar a instalação eléctrica, e de recolher os quilos de cascalho que destruíram completamente o chão de cortiça, era necessário começar a trabalhar o aspecto das paredes.

Cimentar Paredes

Teoricamente é muito simples, nada que uns bons quilos de cimento, uma boa espátula e vontade de trabalhar não resolvam. Na prática não é nada fácil. Para já porque para fazer cimento é necessário sacos de cimento e de areia, que não são de todo leves, aliás pegar mal neste tipo de material, resulta no mínimo numa lombalgia ou até mesmo uma hérnia nas costas! É um drama. Por isso, nada como ligar a alguns familiares ou amigos e ver a disponibilidade, que nestas coisas quantos mais melhores. Não foi o meu caso, mas aqui fica o conselho.

Preparar o cimento é nisto tudo o mais divertido, alguma areia, cimento, água e parece que estamos na sala de Trabalhos Manuais há uns bons aninhos atrás. Depois de preparado o complicado é aplicá-lo. Para já é necessário que ao espalhá-lo ele fique bem preso, ou seja, adira bem, que não caia metade para o chão, depois é necessário que fique uniforme, senão é o “cargo dos trabalhos” para lixar a parede, e por fim é necessária paciência para o deixar secar…. O ideal é deixar pedaços de madeira ou algo similar, impulsionado contra o cimento para garantir que não vai cair.

Agradeço ao meu irmão e empregado pelas horas de trabalho e excelente trabalho a recuperar as minhas paredes.

Lixar Paredes

Eis uma missão que não exige muito esforço se for utilizada uma lixadeira eléctrica (vale a pena comprar das baratinhas que são resistentes e se estragar perdem apenas €10), mas sim minuciosidade.

È importante que o cimento seja lixado para a superfície da parede ficar mais lisa, e para que não se perceba as diferenças entre as áreas cimentadas das restantes. Consoante a área da dimensão é uma tarefa morosa, no nosso caso foram precisos dias, até porque eram as paredes praticamente todas.

É necessário ter também alguma perícia com a lixadeira eléctrica porque se não for bem pressionada contra a parede não faz efeito, se for pressionada de mais corremos o risco de tirar cimento em excesso, e as paredes ficarem aos altos e baixos.

Pintar Paredes

Pintar paredes antigas exige um trabalho que desconhecia.

Em qualquer loja de tintas encontramos 1001 produtos para as paredes, que são de facto úteis.

Para as primeiras paredes comprámos apenas tinta, duas latas daquelas maiores, que pensámos que iria dar e sobrar! Mas quando depois de pintar duas divisões vimos que ficámos sem uma lata e estávamos prontos a abrir a segunda é que percebemos que algo ali não estava bem. Era lógico que a tinta se gastava porque demos umas quatro demãos em casa parede, mas felizmente houve quem nos avisasse que de facto os primários fazem milagres e são baratos.

Lá fomos ao Mestre Maço comprar um primário daqueles de marca branca, que julgo que não custou mais de €10 e espanto dos espantos resultou! Basta aplicar antes de passar a primeira demão de tinta. O importante é que seque bem, e depois a tinta adere muito mais facilmente e é absorvida sem falhas.

Em relação às tintas aconselho também tinta anti – humidade para as casas de banho, eu não segui esta regra e já penso em voltar a pintar as paredes, desta vez com uma tinta anti-fungos.

Aqui fica mais uma experiência!

Boas Obras!

terça-feira, 15 de janeiro de 2008

Rodapés: Pequenos Detalhes Grandes Trabalhos

Pode até parecer fácil mas não o é, pelo menos no nosso caso não foi. Tirar rodapés de cortiça, pregados há trinta anos, pode revelar-se uma árdua tarefa.

A verdade é que esta actividade não me levou mais que meio-dia, muito devido ao avançado estado de degradação dos mesmos, mas é a posição que é incómoda. Estar três/quatro horas de cócoras, de martelo e escopro na mão a puxar rodapés resulta em dores agudas nos músculos.

E este é o risco de não sermos profissionais, simplesmente o nosso corpo não está habituado. Pintamos uma paredes… “Ai dói-me as costas”, andamos a lixar portas … “Ai dói-me os braços”, é preciso acartar com um saco de areia… “ Nâaaaaaaaaaaaaao!”

As nossas obras foram, e continuam a ser, uma verdadeira aventura, e se há coisa que não consigo esquecer, e já lá vão seis meses, é o quão dorida fiquei depois de arrancar os rodapés.

O que aprendi com isto? A colar rodapés e não pregá-los! Quando colocámos o chão da casa, os rodapés (já de madeira) foram colados. Acredito que se daqui a uns anos for necessário removê-los, será mais fácil.

segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

Primeira Missão: Electricidade

Tal como a casa a electricidade era pré-histórica.

Existia uma tomada por cada divisão, à excepção da cozinha claro em que existiam duas, uma para o frigorífico e outra para uso frequente. Surreal!

Não havia opção, com computadores, modem, dvd, playstation, televisão, telefone, electrodomésticos, aquecedores… tínhamos que arranjar solução. E neste caso, tivemos imensa sorte, pois o meu irmão é electricista, o que não só nos beneficiou em termos financeiros, como sabíamos que podíamos confiar no serviço.

O que fizemos, e aconselho, foi colocar na sala, quarto, escritório, hall de entrada e sala de refeições (ao lado da cozinha, quando a casa foi construída este espaço foi concebido para ser o quarto da empregada), uma tomada por parede. Na cozinha colocámos várias, até porque com o frigorífico, micro-ondas e fogão eléctrico três eram no mínimo necessárias.

Mas para além das tomadas eléctricas comuns, espalhamos pela sala, quarto e cozinha, uma tomada de TV e ainda na sala, hall de entrada e escritório tomada de telefone, que dá muito jeito mais que não seja para termos Internet.

Todas estas alterações resultaram em nada mais nada menos que um monte de cascalho. Porquê? Para que a instalação ficasse bem feita, e isto implica evitar, fios espalhados por todo o lado, foi feita internamente, o que resultou em muitas paredes furadas de ponta a ponta…


Assim que vimos que baldes e sacos não eram suficientes para tirar o cascalho feito, desmotivamos um pouco, mas nada que não se resolvesse com o aluguer de um contentor (€150 por 4 dias), e o resultado final compensa imenso: Mais tomadas, menos fios.

Obras em Casa

Decidimos, até porque não tínhamos opção, fazer nós as obras que iam transformar um antigo T3 no nosso lugar especial.

Mas por onde começar?

A quantidade de coisas a fazer era longa, ainda mais longa se tornava, dia para dia, quando decidíamos mudar mais alguma coisa. Inicialmente parecia simples, mudamos o chão, pintamos paredes, recuperamos as madeiras… Simples! Mas não foi…

Decidimos então definir uma lista de coisas a fazer:

Geral

- Nova Instalação Eléctrica interior (dentro das paredes)

- Recuperar as Paredes (Cimentar os espaços da instalação eléctrica e pintar)

- Colocar Chão Flutuante a substituir o de cortiça (comprar material e aprender a montar o chão).

- Recuperar Janelas

- Fechar Clarabóias (janelas antigas que passam a luz de uma sala para outra)

WC

- Substituição de loiças e azulejos das casas de banho

- Substituição de uma das banheiras por pollivan

Cozinha

- Substituição de azulejos das paredes e chão da cozinha

- Passar uma parede de Azulejo para cimento

- Retirar móveis e montar cozinha IKEA

- Recuperar espaço da Chaminé.

Marquise

- Substituir azulejos de parede e chão

Tudo organizado parece muito simples, mas nestes poucos tópicos estão muitas horas de trabalho, ainda mais para leigos nestas artes de construção como nós.

Claro que por detrás destes tópicos, existem pequenas decisões a ser tomadas que tomam também muito do nosso tempo, como por exemplo: calcular a quantidade de material necessário, procurar soluções para vários preços, escolher o tipo de material…

Foi complicado, foi duro, fizemos muitas nódoas negras, cometemos imensos erros… mas conseguimos, quer dizer, pelo menos parte das coisas, que a obra continua!

E se comprássemos casa….

No final de 2006, perto de 3 anos de namoro, ainda mais perto de um pedido de noivado (que desconhecia na altura e que já se materializou em casamento), decidimos procurar o nosso “ninho”, porque chegámos aquela fase da nossa vida em que já sentimos maior independência e estabilidade. A primeira fase de estudos está concluída, o emprego é fixo, perspectivas de promoção… Enfim, tomámos a decisão: Vamos Comprar Casa.

Por onde começar? O que escolher? Em que zona morar? Quais os critérios mínimos de habitabilidade?

Estas e muitas mais questões surgiram-nos e surgirão a todos os que sozinhos ou em conjunto tomam esta decisão. Como o orçamento não era muito alargado, pois com o aumento da euribor, entre outras taxas e serviços bancários, não queríamos ficar com uma prestação muito limitativa logo de inicio, o que significa que uma casa nova na zona de Odivelas / Ramada onde vivíamos em solteiros, estava completamente fora de questão.

Acabamos por comprar uma casa com cerca de 101m2, com 30 anos, não habitada há cerca de 3 anos.

O que nos conquistou logo de início foi o espaço disponível e as possibilidades, que na altura pareciam infindáveis, de alterarmos as divisões.

Com o crédito aprovado, e com o pagamento da escritura e despesas, ficamos com um orçamento muito reduzido e não tivemos outra opção senão decidir que a maior parte das obras seríamos mesmo nós a fazer.
E a aventura começou…